07 janeiro 2007

01/01 - ÔNIBUS DA MORTE

No dia primeiro, logo cedo, descemos até o Cais e logo embarcamos de volta para Copacabana, nosso roteiro era pegar o onibus e ir direto para Cuzco, fazendo apenas uma conexao na cidade de Puno, porém, quase chegando ao porto de Copacabana, conhecemos uma gaúcha chamada Sheila, que nos falou que seria uma pena nao conhecermos as ISLAS FLOTANTES, ou ilhas flutuantes, que ficam na cidade de Puno, no Perú. Após conversarmos, chegamos à conclusao que nao valia a pena irmos direto, pois chegaríamos em Cuzco à noite de qualquer jeito e nao faríamos nada lá até o dia seguinte, entao... mudança de planos, trocamos nossa passagem de Puno a Cuzco para a noite.
Até aí tudo bem...
Como nem tudo sao flores, ao chegarmos para embarcar, o nosso onibus estava com "overbooking", ou seja, mais passageiros do que bancos, fomos expremidos dentro de uma van e nossas bagagens jogadas sobre esta, tinhamos que ficar torcendo para que nao chovesse.


E nem meus gritos desesperados de que eu tinha 130 quilos e 1,98m de altura comoveram o motorista, que continuaou socando pessoas pra dentro. Mas isso acabou sendo bom, pois a aquela gaúcha e sua amiga colombiana, a Elisa (fala-se Elissa) embarcaram na mesma van.
Bem, a partir daí, fazer o que? BAGUNÇA!!!!! Acabou sendo bem divertido, pois haviam, além de nós, um grupo com um alemao e alguns americanos, algumas peruanas e mais gente que nem sabemos de onde eram. Claro que a batucada brasileira no teto da van prevaleceu.
Chegando na fronteira do peru tinhamos a promessa de que iríamos passar para um onibus grande... era um micro-onibus que devia ter uns 40 anos e estava com a pintura original ainda, e lá se foram mais umas 3 horas até Puno.


Valeu a pena, apesar de constatarmo que o lado peruano do Titikaka é muito poluído, com uma camada de algas verdes sobre a água, as Islas Flotantes sao uma atração à parte e vela a pena a visita. São ilhas feitas de raízes de uma planta local (aliás essa planta serve para tudo, os barcos, as casas, tudo é feito disso, e ainda dá pra comer), e sobre elas vive um povo chamado de "Uros", que, de tempos em tempos, se deslocam sobre o lago, mudando toda a sua vila flutuante de local.

O mais divertido de tudo foi brincar com as crianças das ilhas flutuantes, jogamos futebol e volei com elas, mas a maioria do tempo foi só gargalhada.

No final, naturalmente acabamos nos juntando com a Sheila e com a Elisa e formamos um grupo de 5 pessoas em direçao a Cuzco.

Até...